Epidemia já infectou 1.200 pessoas e deixou pelo menos 670 mortos na região desde o início do ano | Foto: Zoom Dosso / AFP / CP
A presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, anunciou na noite do último domingo o fechamento da maior parte das fronteiras terrestres do país afetado pela epidemia de Ebola, depois que o vírus se espalhou para duas das maiores cidades do oeste da África. O aeroporto internacional de Monróvia, um aeroporto regional e três grandes postos de travessia escaparam das interdições.
"Nestes pontos de entrada, uma nova política de viagens será adotada pela Autoridade Aeroportuária da Libéria, cobrindo a inspeção e a testagem de todos os passageiros que chegam e saem do país", explicou Sirleaf no comunicado.
O governo também proibiu reuniões públicas de todo tipo, inclusive eventos e manifestações, e anunciou quarentenas em comunidades atingidas pelo Ebola. Acredita-se que o vírus, detectado pela primeira vez em 1976, tenha sido introduzido por animais caçados por sua carne, especialmente morcegos. Ele se dissemina entre os seres humanos através dos fluidos corporais e matou 56% das pessoas infectadas na epidemia atual.
A Libéria, juntamente com as vizinhas Guiné e Serra Leoa, luta para conter uma epidemia que já infectou 1.200 pessoas e deixou pelo menos 670 mortos na região desde o início do ano.
Com uma taxa de mortalidade histórica de 67% antes do surto atual e sem vacinas, os pacientes suspeitos de infecção pelo vírus Ebola precisam ser isolados para evitar contágios futuros, segundo a OMS. A agência sanitária da ONU solicitou às pessoas com os primeiros sintomas do vírus que procurem os centros de saúde imediatamente.