Polícia se comprometeu a manter abordagens em coletivos depois de mais um ataque de gangue
Motoristas e cobradores da Carris saíram satisfeitos de uma reunião envolvendo comandantes da Brigada Militar | Foto: Samuel Maciel / CP Memória
Motoristas e cobradores da Carris saíram satisfeitos de uma reunião envolvendo comandantes da Brigada Militar (BM), na tarde desta segunda-feira, após uma série de protestos por mais segurança na zona Leste de Porto Alegre. No encontro, a BM apresentou resultados da operação Ônibus Emergencial realizada no último mês. Segundo dados, 54 pessoas foram presas, sendo sete foragidos da polícia e seis pessoas portando armas de fogo.
Os rodoviários vinham percebendo uma redução do número de assaltos, de acordo com o delegado sindical titular da Carris, Luiz Afonso Martins. “O balanço é espetacular, mas esperamos que o esforço seja mantido, de forma integrada entre todos os batalhões da Brigada”, salientou Martins.
Os trabalhadores promoviam protestos desde junho por descontentamento com o número de ocorrências nas linhas T4, T8, T10, D43 e 343. Eles relataram que, em regiões de divisa entre batalhões na zona Leste, como as avenidas Antônio de Carvalho e Ipiranga, os coletivos ficaram ainda mais suscetíveis a assaltos a mão armada.
Com a presença massiva de viaturas depois da pressão dos rodoviários, o número de ocorrências foi reduzido a zero até o último sábado, quando um grupo de adolescentes assaltou passageiros de um ônibus armados com facas, na linha T4. Segundo Martins, os funcionários perceberam que a ação foi realizada por uma nova gangue na mesma região.
Os rodoviários também se comprometeram a fornecer informações detalhadas aos policiais nas abordagens que, segundo a BM, vão continuar ocorrendo. Uma nova reunião foi marcada para o dia 20 de agosto.